Recentemente tive a possibilidade de estar
presente, pela primeira vez, na sede da FIFA na bela cidade de Zurique, na Suíça.
No seguimento das minhas participações,
enquanto conferencista, nos Congressos “Football Talks” no Estoril e no “World
Football Summit” em Madrid, durante o ano de 2017, que comecei a acompanhar com
bastante interesse a “revolução” instituída na FIFA pelo seu “novo” Presidente o
Sr. Gianni Infantino e pela primeira mulher nomeada para ser a Secretaria-Geral
da FIFA, a Sra. Fatma Samoura.
Sim, eles lideram uma “revolução
silenciosa” na FIFA, restruturando internamente esta organização que governa o futebol
mundial.
O Sr. Gianni Infantino foi eleito Presidente
da FIFA a 26 de fevereiro de 2016, depois de ter ocupado o cargo de Secretário-Geral
da UEFA durante vários anos.
No dia 13 de outubro de 2016 o Sr.
Gianni Infantino lançou um documento chamado “FIFA 2.0: A Visão para o Futuro” que
é nada mais, nada menos, que um documento orientador onde consta a visão para o
futuro do futebol mundial, neste documento constam um conjunto de ideias cujo
objetivo principal é o de construir uma “nova” FIFA e fazer crescer o futebol
em todo mundo.
A FIFA é a organização que governa o futebol
mundial desde 21 de maio de 1904 e logicamente como todas as organizações
desportivas já passou por momentos bons, menos bons e maus. Não me vou alargar
quanto aos escândalos de corrupção que recentemente afetaram este organismo e
denegriram a sua imagem publica, mas uma coisa é certa, a justiça irá punir os
infratores, sendo que a justiça desportiva já puniu alguns deles afastando-os
do “mundo do futebol”.
Uma das primeiras medidas tomadas pelo
“novo” Presidente da FIFA foi a de separar a parte administrativa e comercial
da FIFA do futebol propriamente dito, a FIFA possui agora dois grandes
departamentos, um administrativo e um desportivo. Estes departamentos têm
quatro divisões cada um, no caso do departamento responsável pelo futebol as
divisões são: técnica, federações nacionais, futebol feminino e competições.
A “nova” FIFA (a FIFA 2.0) tem objetivos
tangíveis e mensuráveis que devem ser atingidos até ao apito inicial do Mundial
de 2026. O primeiro objetivo é ter mais de 60% da população mundial a participar
e a estar envolvida no futebol, o segundo objetivo é fazer um investimento de 4
biliões de dólares no desenvolvimento do futebol, o terceiro objetivo é dobrar
o número de futebolistas femininos atingindo os 60 milhões de jogadoras de
futebol feminino e o quarto objetivo é otimizar as operações internas e
externas, aumentar as receitas e a eficiência financeira.
Posto isto, resta-me dizer-vos que a
esta “nova” FIFA está num processo de alteração da sua cultura organizacional,
tem objetivos claros e ambiciosos para o futuro e finalmente está entregue aos
líderes certos para, após 113 anos de existência, se tornar a organização desportiva
modelo de todas as outras que integram o desporto mundial.
Saudações Desportivas
Paulo Jorge Araújo
Saudações Desportivas
Paulo Jorge Araújo
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