terça-feira, 31 de julho de 2007
Alexander Gomelsky....o "maior" dos Lideres...
O “raposa de prata” é possivelmente um dos maiores cérebros do basquetebol mundial, talvez não tenha o "reconhecimento público" dos lendários treinadores da América do Norte, pois para lá da “cortina de ferro” as coisas não tinham o mesmo mediatismo que nos “países capitalistas” do ocidente.
Do alto do seu 1,66 metros, Alexander Gomelsky, tornou-se treinador em 1945 com apenas 17 anos, em 1958 com apenas 30 anos iniciou um percurso que o levou a ganhar 3 taças europeias consecutivas com o seu clube “ASK Riga”, uma organização desportiva que integrava o exército soviético.
Em 1969 foi nomeado treinador do CSKA Moscovo, ligação que manteve até 1980, liderou o RED ARMY a 11 títulos nacionais, 1 taça dos campeões europeus e 2 finais europeias.
Treinou a selecção soviética de Basquetebol durante 30 anos e durante esse período venceu 7 títulos europeus {EuroBasket em 1959, 1963, 1965, 1967, 1969, 1979, 1981), 2 Mundiais (1967, 1982) e 1 medalha de Ouro Olímpica em Seul 88.
Treinou diversos anos em Espanha, França e Estados Unidos, depois de deixar os cargo de Técnico, assumiu a liderança do CSKA de Moscovo como Presidente, cargo de Gestão que de desempenhou entre 1997 e 2005.
Foi galardoado publicamente diversas vezes por organizações desportivas e não desportivas, destaque para a ordem de mérito do Comité Olímpico Internacional, nomeação como Presidente Honorário do CSKA e nomeação para o Hall of Fame da FIBA.
Alexander “Raposa de Prata” Golemelsky é o pai do Basquetebol moderno na Rússia e por consequência na Europa….este mítico treinador faleceu em 2005 com 77 anos…deixando para trás mais de 60 anos de Basquetebol…magnifico.
sexta-feira, 27 de julho de 2007
“They call me Coach”….
John Wooden para quem não sabe actualmente tem 96 anos de idade….por trás desta imagem de “avozinho” encontra-se um competidor nato….talvez seja por isso que este Sr. tem uma montra de troféus que já mais será igualada.
Retirou-se do activo na sua lendária equipa UCLA Bruins em 1975, com mais um título Nacional da NCAA.
Este senhor ganhou 10 campeonatos da NCAA, dos quais 7 foram seguidos…por quatro vezes os seus Bruins…ficaram invictos no campeonato…durante 40 anos como treinador, desde os tempos de treinador de liceu até a sua UCLA…obteve uma percentagem de vitória superior a 80%...detêm um recorde de 88 vitórias consecutivas …entre outros…é…simplesmente… Lendário.
Lendárias são também as suas frases:
“o desporto não constrói carácter…revela-o”
“é mais importante um jogador que torna a sua equipa Grande, do que um Grande jogador numa equipa”
“eu perfilo ter jogadores pequenos e rápidos do que grandes e lentos…mas ser forem grandes e rápidos melhor”
“são as pequenas coisas que tornam as grandes coisas possíveis”
John Wooden criou e desenvolveu a sua própria filosofia de jogo, hoje os seus conceitos de trabalho e gestão de recursos humanos são utilizados no mundo todo em diversas áreas das actividades humanas, uma das quais é a gestão empresarial…um dos seus grandes contributos foi a criação da mítica “pirâmide do sucesso”.
Possivelmente feitos como os do “COACH” John Wooden…já mais se vão repetir….
Uma mente brilhante do Desporto em geral…e do Basquetebol em particular.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
“Special one”, a Complexidade…e o todo que não é igual á simples soma das partes.
É complicado falar de alguém que tem um currículo desportivo recheado de êxitos desportivos, aliado a isto uma personalidade forte e um “know-how” diversificado…entre estes conhecimentos, saliento a capacidade de gerir pessoas…essa tarefa “super difícil” para a qual nem todos os “supostos lideres” então preparados para desempenhar.
O “Special one” tem uma perspectiva pessoal que rompe com o tradicional, com o cientificamente instituído e com metodologicamente aceite pelos chamados tradicionais treinadores de futebol.
O futebol até aqui viveu algo á margem da aplicação dos “instrumentos” que as ciências do desporto e diversificadas outras ciências utilizam no seu dia a dia.
Recentemente com a chegada de treinadores como: Queiroz, Benitez, Mourinho e outros treinadores com formação académica em desporto….o futebol evoluiu….
Deu um salto em termos de qualidade….
Mas Mourinho é diferente dos seus “companheiros académicos”, vejam o que o Próprio escreveu num livro recentemente editado*:
“Quando entrei para o ISEF-UTL, para me licenciar em Educação Física, houve um livro que me marcou pela negativa, mas que fui “obrigado” a estudar, esse livro é considerado uma “bíblia” da metodologia do treino do desporto. È uma obra do Matveieev que é um marco no ensino no que diz respeito aos desportos individuais. Mas que no meu entender, uma coisa é um desporto individual outra coisa é um desporto colectivo, onde um homem por si só nada vale …”
“ …um homem em busca de um objectivo é diferente de 11 homens em busca de um objectivo…”
“...Matveieev é uma bíblia para os desportos individuais …mas de pouco vale nos colectivos…”
“Acredito, hoje que está a haver um corte com o passado porque o homem é um ser complexo…11 em busca de um objectivo é diferente de 1 em busca de um objectivo…por isso toda a minha metodologia vai nesse sentido”…
Destas palavras dá para perceber que o “special one” é verdadeiramente diferente do comum dos treinadores, metodologicamente privilegia a táctica…pois ele é treinador de um desporto colectivo…onde todos os jogadores são seres humanos complexos, que por si só nada valem se não se relacionarem com os restantes.
Daqui tal como se faz referencia no livro dá para perceber que o todo não é igual á simples soma das partes….pois se assim fosse equipas como o Real tinham ganho “quase tudo”…e a verdade é que isso não aconteceu.
Não basta juntar 11 bons jogadores para ter uma boa equipa, tem que existir algo mais….tal como é apresentado na obra anteriormente referida….”a teoria do caos”….diz-nos que tudo tende para a desorganização….por isso sem um grande líder somente bons jogadores não fazem uma equipa.
Nota: Fala do “special one” é complicado pois ele é também um ser humano e por isso mesmo um ser complexo que se relaciona no seu dia a dia com 30 ou mais seres complexos…por isso nada que se diga ou se escreva é conclusivo relativamente a esta personalidade que tantos admiram e que tantos outros parecem odiar.
A única coisa que é conclusiva é a montra de troféus que este senhor deixa nas organizações por onde vai passando.
* livro editado recentemente intitulado : “liderança as lições de mourinho”
segunda-feira, 16 de julho de 2007
A Publicidade é mesmo assim....é para marcar...ou talvez não!!
Hoje não vos trago nenhuma reflexão em especial...
Mas trago-vos um video muito engraçado, sobre 2 grandes (um não muito) jogadores de futebol, que representam determinada marca desportiva.
Curiosamente já nos meus tempos de "caloiro" costumava-mos realizar este exercicio...lol
È ver para crer ...29 segundos de puro entretenimento...
ps: Talvez esta ideia tenha sido "importada" directamente da Praxe Bragançana...lol
sábado, 14 de julho de 2007
Dr. Victor....
Vítor Baía dedica-se ao ensino superior, para construir bases para o seu novo futuro. No final desta época, pendurou as luvas e assumiu o cargo de Director das Relações Externas do F.C. Porto.
Aos 37, quer ser mais que um símbolo, preparando-se para regressar aos estudos, no curso de "Gestão do Desporto".
Um "instituto privado" vai receber um aluno "especial", que se distinguiu na primeira época de acesso ao ensino superior para maiores de 23 anos.
Entre os colocados, o antigo internacional português acabou por conseguir a melhor nota, divulgada recentemente: 17 valores!
Nota esta que coloca o ex-guarda-redes às portas do instituto superior, por forma a Vítor Baía desenvolver conhecimentos que permitam reforçar a aposta na vertente directiva, com o fato e a gravata a substituírem o equipamento e as luvas.
Bem...o Victor arranjou o emprego antes do curso...é sempre uma melhor estratégia...visto que normalmente em Portugal.. o contrário não dá grande resultado...lol
sábado, 7 de julho de 2007
Motivação… a chave do sucesso em qualquer actividade…
Era uma vez um pequeno sapo, que gostava de participar em corridas….os seus amigos lá do lago costumavam-lhe dizer: “é que és tolo para andares sempre a correr…”…”e ria-se muito dele”….”Gozavam… etc.…”
Certo dia surgiu uma prova, que consistia em subir a uma torre muito alta….milhares de sapos vindos de todo o lado se inscreveram, o pequeno sapo resolveu também inscrever-se no evento….os seus amigos, conhecidos e restante população…começaram logo a dizer…”não tens hipótese…são todos maiores e mais fortes do que tu…”…”é impossível ninguém vai conseguir, a torre é muito alta”…”mais vale desistir...como é que um pequenote como tu pode chegar lá em cima”….
O dia da corrida chegou…milhares de sapos participantes se encontravam na linha de partida…uma multidão de espectadores rodeava a torre dizendo:
“É impossível chegar lá em cima”
“Como é que pequenos sapos podem escalar uma coisa tão grande”
“Vocês não vão conseguir…”
“Desiste pequenote…não tens hipótese!!”
“Voltem para o lago…isto é muito difícil para vocês”
“Pequenote…vai mas é para o lago caçar mosquitos…”
“Desistam enquanto é tempo…”
A corrida começou e a multidão gritava…dizendo aos sapos que não iam conseguir…
Alguns caiam, outros desistiam…a meio da corrida só já restava uma centena de sapos….
Dessa centena grande parte desistiu porque estavam cansados, outros caiam, outros desistiam porque chegavam a conclusão que o caminho até ao topo era difícil!
De repente a multidão apercebeu-se que só já restava um pequeno sapo a escalar a torre com grande afinco…
Quando deram conta que era o pequenote que se aproximava do topo começar a gritar: “desiste não vais conseguir”… “desiste não vais conseguir”….
Mas o pequenote conseguiu chegar ao topo e a multidão de espectadores ficou louca…gritavam..gritavam pelo pequenote…P-E-Q-U-E-N-O-T-E… P-E-Q-U-E-N-O-T-E…
Quase imediatamente toda a gente se questionou…”mas como é que ele conseguiu??”…”como é que alguém vindo daquele pequeno lago conseguiu chegar ao topo da torre!!??”
Espanto geral quando toda a gente ficou a saber que o “pequenote era SURDO”…
MORAL DA ESTÓRIA: Acreditem em vocês mesmos…não dêem ouvidos aquém única e exclusivamente vos tenta desacreditar…e desviar do caminho que vocês acham que é certo…pensamento positivo e fé em vocês próprios…
“a motivação é a chave do sucesso”…”não interessa quem começa…mas sim quem acaba…”
sexta-feira, 6 de julho de 2007
LEI BOSMAN…12 anos depois …o que mudou após a alteração normativa.
Bem, analisando o que mudou de forma empírica, sem recorrer a dados concretos (regulamentação normativa, numero de transferências, montantes envolvidos etc.).
Poderemos dizer que a mudança foi quase total…muita coisa mudou depois da “Lei Bosman” entrar em vigor…hoje qualquer “atleta europeu” pode integrar um clube estrangeiro, dentro do espaço europeu…sem qualquer limitação.
Mais importante do que a liberdade de circulação de pessoas, dentro do espaço europeu, foi alargar essa liberdade aos desportistas profissionais…visto que o desporto profissional é um emprego como outro qualquer.
Para os grandes clubes foi bom a entrada em vigor desta lei em 1995, pois a partir desse momento “os grandes mercados” começaram a cobiçar todos os grandes atletas….
Bom exemplo disso foi o Barcelona de Van Gaal…treinador Holandês que tinha ao seu dispor um plantel de jogadores onde quase todos eram Holandeses….
Claro que para os pequenos mercados como Portugal, Grécia, Escócia e Holanda..foi uma tragédia, pois todos os grandes craques nacionais saíram do país de origem…para os “Big Five” ( Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha).
Eu não considero isso uma grande desgraça, possivelmente os clubes das nações mais pequenas desportivamente perderam capacidade de fazer frente aos “gigantes europeus”…mas ganharam em termos de transferências de jogadores.
Vejamos, hoje os grandes clubes da Europa quase não formam jogadores…como diz o CQ..(Carlos Queirós)…os “Grandes” são Clubes de produto final…querem que o atleta chegue e tenha rendimento.
Os clubes de mercados mais pequenos como Portugal e Holanda..ganham uma oportunidade para se tornarem “Clubes Escola”..clubes formadores( ex. Ajax, Sporting)….isso não os impede de serem em simultâneo competitivos e de fazerem a vida negra aos grandes da Europa e por vezes até conquistarem grandes títulos, veja-se o caso do FC Porto nas épocas de 2003 e 2004.
No global as equipas de topo europeu ganharam qualidade, os clubes de topo nacional de pequenos mercados como Portugal…alguns perderam, ...porque ainda não perceberam que só se vão safar se apostarem na formação (longo prazo), ...o curto prazo não trás resultados muito positivos, quer a nível financeiro, porque gastam muito dinheiro em jogadores medíocres, quer a nível desportivo porque com jogadores de qualidade duvidosa não se ganha nada…muito menos levam gente aos estádios porque as equipas não tem qualidade.
Claro que com o surgimento desta lei, existe sempre algum Sul Americano…habituado a contornar o que se encontra juridicamente instituído…e a optar por mudar de nacionalidade para valorizar quer o seu passe, a sua carreira e por consequência a carteira. lol…lol
terça-feira, 3 de julho de 2007
HAKA..performance de intimidação ou "coreografia" integrada na marca ALL BLACKS!
"Segundo o povo Maori, Tama-nui-to-ra, o deus do sol, tinha duas mulheres, sendo uma delas Hine-raumati, a virgem do verão (provavelmente perdendo este status!), da qual nasceu Tane-rore, este creditado pela origem da dança.Tane-rore representa o vento nos dias quentes de verão, que é coreografada na dança como o tremor das mãos na dança".
"O Haka são todas as danças tipicas do povo Maori em que os homens se colocam a frente das mulheres, estas que fazem o apoio das vozes nas costas dos homens. É uma dança que demonstra a paixão, o vigor masculino e a identificação com a raça que é usada tanto para dar boas vindas a visitantes quanto para intimidação de tribos inimigas".
Poucas coisas me fazem "vibrar" num espetaculo desportivo via tv, mas assistir a um jogo de Rugby da Nova Zelândia é algo único...não só porque desportiva mente é uma "Seleção Intimidante" e histórica do Rugby mundial, mas também porque toda a sua imagem é cativante...
Um povo que é um "melting pot" de tribos "canibais" nativas da Polinesia com Europeus ...um equipamento todo negro...associado a performances desportivas fantásticas e um ritual tribal intimidatório, são os ingredientes necessários para nos fazerem no minimo "arrepiar", sempre que vemos aqueles individuos no meio do terreno de jogo a realizar o mundialmente famoso HAKA...
Possivelmente se os ALL BLACKS não tivessem todas estas carractristicas que os tornam únicos não estaria aqui a falar de um país com 3 milhoões de habitantes que é uma potência desportiva no que ao Rugby diz respeito.
Os "All Blacks" são eles próprios uma marca...o HAKA é o seu ritual tribal...com raizes na tradição e na mitologia Maori...bem adoptado e divulgado mundialmente através do Rugby... obrigado aos "ALL BLACKS" por nos deliciarem com algo único no mundo.
Diplomas vulgarizados...
Não compreendo o que leva a este estado “facilitismo geral” no que diz a aprovação de formações e formações académicas…o problema até nem está na existência das formações, o que me irrita é aquilo que se ensina ou concretamente não se ensina, nessas ditas formações académicas…
É incrível hoje qualquer pessoa que tenha o 9º ano de escolaridade se pode candidatar para frequentar o ensino superior privado… e entra…paga para andar lá por isso não existe qualquer tipo de impedimento…critérios financeiros e de sobrevivência organizacional sobrepõem-se a critérios da existência de um percurso escolar necessariamente dirigido para a formação Universitária…
Será que uma pessoa que tem formação numa área que não é científica e se candidata para uma formação superior em Desporto tem a mesma capacidade de compreensão dos temas abordados do que um miúdo que tem um percurso…dentro da "formação técnica em desporto"…e depois chega ao ensino superior e se forma dentro da mesma área que escolheu quando tinha 15 anos.
Um Licenciado em Desporto que termine o curso com 23 anos que tenha iniciado o seu percurso na área aos 15 ou 16 anos tem no final da licenciatura 7 ou 8 anos de estudo e experiência dentro da área profissional em que se formou…um que não tenha esse percurso tem muito menos experiência…
Pessoalmente tive oportunidade de conviver com pessoas que tiveram variados percursos… e a verdade é que os percursos especializados desde cedo facilitam a aprendizagem e a abordagem das situações práticas…
O mesmo se passa com os licenciados da “old school” e os do Bolonha…como pode uma licenciatura de 5 passar para 3 e as pessoas saberem o mesmo no final…parece-me improvável….
Curiosamente aqui a dias constatei que temas abordados em instituições de ensino credíveis são vulgarizados por instituições menos credíveis…..onde trabalhos académicos parecem trabalhos dos “putos” da escola secundária…os mesmos que andam no 9º ano….mas a verdade é esses vão ser os doutores do amanhã…ou a tentativa de doutores…lol
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