sexta-feira, 6 de julho de 2007

LEI BOSMAN…12 anos depois …o que mudou após a alteração normativa.


Bem, analisando o que mudou de forma empírica, sem recorrer a dados concretos (regulamentação normativa, numero de transferências, montantes envolvidos etc.).
Poderemos dizer que a mudança foi quase total…muita coisa mudou depois da “Lei Bosman” entrar em vigor…hoje qualquer “atleta europeu” pode integrar um clube estrangeiro, dentro do espaço europeu…sem qualquer limitação.

Mais importante do que a liberdade de circulação de pessoas, dentro do espaço europeu, foi alargar essa liberdade aos desportistas profissionais…visto que o desporto profissional é um emprego como outro qualquer.

Para os grandes clubes foi bom a entrada em vigor desta lei em 1995, pois a partir desse momento “os grandes mercados” começaram a cobiçar todos os grandes atletas….
Bom exemplo disso foi o Barcelona de Van Gaal…treinador Holandês que tinha ao seu dispor um plantel de jogadores onde quase todos eram Holandeses….

Claro que para os pequenos mercados como Portugal, Grécia, Escócia e Holanda..foi uma tragédia, pois todos os grandes craques nacionais saíram do país de origem…para os “Big Five” ( Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha).
Eu não considero isso uma grande desgraça, possivelmente os clubes das nações mais pequenas desportivamente perderam capacidade de fazer frente aos “gigantes europeus”…mas ganharam em termos de transferências de jogadores.

Vejamos, hoje os grandes clubes da Europa quase não formam jogadores…como diz o CQ..(Carlos Queirós)…os “Grandes” são Clubes de produto final…querem que o atleta chegue e tenha rendimento.

Os clubes de mercados mais pequenos como Portugal e Holanda..ganham uma oportunidade para se tornarem “Clubes Escola”..clubes formadores( ex. Ajax, Sporting)….isso não os impede de serem em simultâneo competitivos e de fazerem a vida negra aos grandes da Europa e por vezes até conquistarem grandes títulos, veja-se o caso do FC Porto nas épocas de 2003 e 2004.

No global as equipas de topo europeu ganharam qualidade, os clubes de topo nacional de pequenos mercados como Portugal…alguns perderam, ...porque ainda não perceberam que só se vão safar se apostarem na formação (longo prazo), ...o curto prazo não trás resultados muito positivos, quer a nível financeiro, porque gastam muito dinheiro em jogadores medíocres, quer a nível desportivo porque com jogadores de qualidade duvidosa não se ganha nada…muito menos levam gente aos estádios porque as equipas não tem qualidade.


Claro que com o surgimento desta lei, existe sempre algum Sul Americano…habituado a contornar o que se encontra juridicamente instituído…e a optar por mudar de nacionalidade para valorizar quer o seu passe, a sua carreira e por consequência a carteira. lol…lol

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