Pensar que o Desporto na Grécia Antiga, servia apenas e só, para atingir a harmonia corporal e moral, é de certa forma corromper o verdadeiro significado das práticas físicas e atléticas da antiguidade clássica.
O treino, na Grécia Antiga, servia principalmente para preparar os jovens para o combate nas Guerras.
Homero faz referência a isso mesmo na sua obra épica chamada Ilíada, quando refere que nas pausas da Guerra de Tróia, os soldados Gregos realizavam saltos, lançamentos e corridas para se manterem aptos para o combate.
As primeiras provas dos Jogos Pan-helénicos, incluíam corridas com equipamentos militares, tais como escudos, espadas e capacetes.
O Próprio fundador dos Jogos da Antiguidade, era um guerreiro famoso chamado Aquiles, os jogos eram realizados em honra dos Deuses mas também serviam como homenagem ao seu primo falecido em combate (ritual fúnebre).
Assim sendo, o treino e a competição, eram nada mais, nada menos, que um meio de preparação militar, que substituía a Guerra quando da Trégua Sagrada e que colocava as cidades-estado não a lutar entre si directamente, mas sim indirectamente, através da competição desportiva.
A Trégua Sagrada obrigava a que o combate militar fosse suspenso e proibido durante a realização dos festejos fúnebres, que eram os Jogos originais, esta lei, acabava por promover a Competição Desportiva entre as Cidades em vez da Guerra.
A harmonia corporal e moral acaba por ser uma consequência do treino desportivo e não um objectivo que se visava atingir através do treino (eles eram bonitos porque treinavam, não treinavam para serem bonitos).
Os Alemães, principais causadores de duas Guerras Mundiais, eram grandes fãs dos Gregos da Antiguidade, tal como os Gregos que admiravam, adoptaram o Treino Desportivo como meio de preparação militar, com vista ao combate e preparação para a Guerra…o grande impulsionador deste movimento foi Ludwing Jahn durante o século XIX.
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