segunda-feira, 19 de março de 2007
O Treino Infanto-Juvenil…e a precocidade dos resultados.
Treinar crianças e jovens têm tanto ou mais de difícil do que treinar adultos.
È óbvio que é difícil treinar adultos, pois o nível de exigência é extremamente elevado e os resultados desportivos imediatos é que ditam se o treinador é uma besta ou é bestial.
Tende a existir sempre pressão por parte das massas associativas e da imprensa quando se treina uma organização desportiva topo.
Mas o treino de jovens é também ele muito exigente, não só porque existe a pressão dos resultados por parte dos pais e dirigentes, pressão essa só prejudica os intervenientes no processo de formação desportiva, como acaba por prejudicar o jovem atleta comprometendo assim o seu futuro.
Alguns treinadores são “obrigados” a errar em favor do resultado desportivo, mas o resultado desportivo não é tudo, com jovens é mais importante a forma como esse resultado é obtido, cargas de treino elevadas são aplicadas em jovens sem nenhum respeito pela sua maturação biológica comprometendo desta forma a sua progressão como atletas.
O que no curto prazo pode até parecer um êxito desportivo, pode no longo prazo vir a ser revelado como um falhanço metodológico, que comprometeu a carreira desportiva de um jovem desportista com talento.
A progressão dos jovens atletas é muitas vezes limitada por treinadores que através de cargas de treino desajustadas, visam atingir objectivos imediatos, o que compromete o desenvolvimento harmonioso e a longo prazo do atleta.
O treino dos jovens deve ser estruturado segundo princípios científicos, deve ser pensado e organizado tendo em vista o rendimento a longo prazo e nunca no imediato.
A carga de treino deve ser adaptada a idade biológica da criança e deve estar sempre em sintonia com as ditas fases de treinabilidade do jovem atleta.
O treino nos jovens deve visar mais a vertente qualitativa – técnica do que a vertente física, embora estas sejam interligadas.
A técnica é tudo no jovem atleta, se a criança tiver adquirido um nível técnico extremamente elevado, o resto irá surgir por acréscimo, pois a vertente física é a mais fácil de treinar nas idades propicias para o seu desenvolvimento, caso a criança tenha potencial, existem sempre aqueles que são limitados por variadas razões quer de ordem física que de ordem genética.
A especialização precoce é um problema no desporto português, nós temos muitos campeões de 12/13 e muitos frustrados de 22/23, é necessário ter calma e não querer tudo no imediato, queimar etapas na formação não é a melhor forma de gerar um campeão.
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1 comentário:
Como e? Um mes sem artigos um tipo vem ca todos os dias e da com aporta fechada lol isto e alguma reparticao das financas. Ta a trabalhar... Olha que isto!
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